Requalificação da lagoa artificial do Caldeirão Grande custou 1ME – Governo açoriano

A requalificação da lagoa artificial do Caldeirão Grande, em Ponta Delgada, custou um milhão de euros, beneficiando 107 explorações agrícolas, tratando-se de uma obra “essencial” para a gestão de água, segundo o presidente do Governo dos Açores.

“Quero deixar uma palavra de grande congratulação pela realização, finalmente, desta obra, essencial no quadro da sustentabilidade e da gestão de água para distribuir à nossa agricultura. Foi um investimento muito significativo que creio que cala fundo os empresários agrícolas”, afirmou aos jornalistas o presidente do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro.

O líder regional falava na cerimónia de inauguração da requalificação da lagoa artificial do Caldeirão Grande, localizada na freguesia das Sete Cidades, na ilha de São Miguel.

Inaugurada em 2008, a lagoa do Caldeirão Grande, destinada a abastecer a agricultura, foi destruída pelo mau tempo em dezembro de 2020.

José Manuel Bolieiro considerou que a infraestrutura representa uma “oportunidade de gestão” para a “racionalização de água” na ilha de São Miguel.

“São Miguel é uma ilha que tem muita água. O nosso problema é gerir essa água para os períodos de fenómenos extremos, também fruto das alterações climáticas, com períodos de pluviosidade extrema e de seca acentuada. É preciso fazer estes reservatórios para garantir a sua distribuição”, salientou.

O líder regional avançou que os agricultores vão poder concorrer a verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para assegurar o abastecimento de água.

“Estamos sempre a avançar, não apenas reativamente, mas também proativamente. Daí que, também hoje, tive oportunidade de anunciar que este ano há possibilidade de as explorações agropecuárias tratarem do seu próprio abastecimento de água com candidaturas ao PRR”, realçou.

Na cerimónia, o presidente do Instituto Regional de Ordenamento Agrário (IROA) detalhou que o investimento de cerca de um milhão de euros vai permitir aumentar a capacidade de lagoa em 15 mil metros cúbicos, ficando assim disponíveis 47 mil metros cúbicos “prontos a serem utilizados”.

Hernâni Costa afirmou que a requalificação vai “aumentar a robustez da infraestrutura, potenciar a rede existente” e assegurar uma “maior continuidade e regularidade do abastecimento” de água.

O responsável pela empresa pública regional lamentou que o IROA tivesse sido “excluído” do PRR por parte do anterior Governo dos Açores, liderado pelo PS.

“Foi uma pena no anterior executivo o IROA ter sido excluído do PRR porque nós teríamos sido uma mais-valia para a região. Já comprovámos que temos uma elevada capacidade de execução dos fundos comunitários”, afirmou.


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