João Adrião

Roçar mato: um ovo de Colombo? – João Adrião

O que representa um fardo incomportável para privados, custaria ao Estado uns 20 ou 30 milhões de euros anuais. Metade do que estoura em meios aéreos.

Sobre recentes propostas para o mundo rural, escudadas pela defesa contra incêndios: “” (Dom Pedro V)

Sumário:

  • Sabe-se o que tem de ser feito;
  • Passar da teoria à prática é que é o diabo;
  • Será assim tão complicado?

1 Conheci Tiago Oliveira, já lá vão vários anos, em duas conferências florestais. Figura com um percurso notável na área florestal, tinha já então uma expressão deliciosa para ilustrar o nosso fado com incêndios: “Confiar nos bombeiros (para resolver o problema dos incêndios) é como confiar no guarda-redes.” Senti esperança quando o Primeiro-Ministro recorreu aos seus serviços.

Parafraseando a referência mundial Stephen Pyne (“O fogo é fruto do seu contexto. Conhecer esse contexto é conhecer o fogo, controlar esse contexto é controlar o fogo”), Tiago Oliveira conhece o contexto. Estamos presos na “ratoeira do combate”, disse-o, algo bem descrito pela literatura nacional e internacional. Prevenir é a solução. É consensual. Podemos ir ao pormenor: “Uns 200 mil hectares anuais com chama, dente ou grade” disse, e bem, o Tiago num encontro relativamente recente em Lisboa. Mas conhecido o contexto, falta controlá-lo…

2 E assim se vai perpetuando o ancestral conflito entre a academia florestal e a propriedade privada.


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