Rússia trava saída de cereais com atraso nas inspeções

Subchefe dos Portos Marítimos da Ucrânia, Dmytro Barinov, acusa Moscovo de atrasar as inspeções aos navios e apela aos líderes mundiais para que pressionem os russos. Acordo é válido por mais um mês.

A 1 de agosto do ano passado, o Mundo aplaudia a saída do primeiro navio de um porto ucraniano desde o início da invasão russa. Carregado com 26 toneladas de milho, o cargueiro “Razoni” zarpou de Odessa com destino ao Líbano, graças ao “acordo sem precedentes” para a exportação de cereais, alcançado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por Ancara, assinado na Turquia. Oito meses depois e sem certezas quanto ao futuro do “corredor humanitário” que tem permitido escoar toneladas de “ouro” ucraniano, Dmytro Barinov, subchefe da Administração dos Portos Marítimos da Ucrânia, acusa a Rússia de dificultar as inspeções às embarcações e apela aos líderes mundiais para pressionarem Moscovo a terminar com “os bloqueios” à iniciativa. “Metade do Programa Alimentar Mundial depende dos produtos agrícolas ucranianos”, alerta o representante ucraniano, em Odessa.

Desde a implementação da Iniciativa Grãos do Mar Negro, descrita pelo secretário-geral da ONU como um “farol de esperança”, foram exportados cerca de 21,4 milhões de toneladas de cereais através dos portos ucranianos. Segundo Dmytro Barinov, há capacidade para duplicar o nível das exportações, mas os atrasos na chegada dos navios e os boicotes às inspeções estão a […]

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