A capital são-tomense acolheu hoje o lançamento do Centro de Competências para a Agricultura Familiar Sustentável na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“É nossa pretensão estabelecer uma rede de agroecologia na CPLP por forma a que os nossos profissionais possam atualizar e aprofundar os seus conhecimentos neste ramo da ciência agrária”, disse o ministro da agricultura, pescas e desenvolvimento rural.
O governante acredita que o centro de competências permite “criar um espaço privilegiado para intercâmbios de conhecimentos, aprendizagens e construção de capacidades regionais baseado na construção de sistemas alimentares mais sustentáveis, resilientes e equitativos” nestes países.
Na cerimónia participaram três outros membros do governo, nomeadamente, da Educação e Ensino Superior, Julieta Rodrigues, da Juventude, Desporto e Empreendedorismo, Vinício de Pina e do Trabalho, Solidariedade, Família e Formação Profissional, Adlander Matos.
“Os nossos países apostam na necessidade de construção de um centro de competências orientados para a formação de formadores, tendo sido eleito a agroecologia como epicentro da ciência vocacionada para a definição de estratégia que promovam a construção de sistemas alimentares mais sustentáveis”, acrescentou o ministro.
Presente na cerimónia, por videoconferência, o secretário executivo da CPLP congratulou-se com o “contributo determinante do governo de São Tomé e Príncipe” para a instalação do centro, bem como o apoio da FAO para materializar a iniciativa.
“Para que esta conquista fosse possível, devemos reconhecer o contributo determinante do governo de São Tomé e Príncipe que disponibiliza o seu apoio e as estruturas essenciais ao acolhimento do Centro também o papel da FAO que desde a aprovação da estratégia da segurança alimentar e nutricional da CPLP, vem apoiando a nossa organização com recursos financeiros e apoio técnico especializado”, Francisco Ribeiro Telles.
O representante da FAO para São Tomé e Príncipe, cujo discurso foi lido pelo consultor da FAO neste projeto lamentou que a pandemia de Covid-19 impede a sua instituição a “apoiar de forma mais incisiva os esforços para o reforço das capacidades no setor da agricultura”.
O Centro de Competências para a Agricultura Familiar Sustentável na Comunidade de Países de Linga Portuguesa vai funcionar nas instalações do Centro de Aperfeiçoamento Técnico Agropecuária, CATAP que funciona em Batepá, 16 quilómetros da capital devendo arrancar dentro de uma semana.
O primeiro curso é de formação de formadores será online, intensiva e com a duração de cinco semanas. Depois de concluída, os formadores aprovados serão selecionados para dar formação aos agricultores nos seus respetivos países.
Os cursos para os agricultores nacionais poderão demorar até dois meses.