A revista GLP – Genetics Literacy Project acaba de publicar a sexta parte de uma série de textos sobre pesticidas e alimentação. Entre as conclusões que sobressaem destacam-se estas: a segurança dos agrotóxicos é constantemente avaliada; os seus resíduos nos produtos são muito baixos para causar problemas de saúde; os níveis de pesticidas detetados nos produtos convencionais é semelhante aos dos produtos biológicos.
Os pesticidas ainda estão no topo da lista de preocupações dos consumidores norte-americanos no memomento de decidir que alimentos ou produtos comprar. Mesmo em níveis mínimos, os pesticidas ainda são considerados perigosos e prejudiciais para o meio ambiente. Mas muitas dessas opiniões baseiam-se em crenças e em evidências científicas atuais, como sustentam os autores da série de textos sobre pesticidas e alimentação que a revista Genetics Literacy Project tem vindo a publicar.
Na verdade, dizem Kayleen Schreiber e Marc Brazeau, o uso de pesticidas tem diminuido muito e a sua toxicidade e impacto ambiental terem melhorado significativamente nas últimas décadas. Ainda assim, muitas pessoas continuam preocupadas com a sua aplicação.
O texto 6 da série sobre pesticidas e alimentação tem como título“Resíduos de pesticidas – Há algo com que se preocupar?” e nele os autores destacam algumas das principais questões que preocupam os consumidores nos EUA, acabando por desmontar muitos argumentos divulgados nos órgãos de informação: dizem que esses argumentos “são demasiado redutores em comparação com o real desafio de produzir alimentos da maneira mais saudável e eficiente possível”.
Alegando queé fácil considerar boa a agricultura biológica e má a agricultura convencional, os autores sustentam que isso “não corresponde à verdade e não é a melhor maneira de melhorar as práticas agrícolas daqui para frente”. Muitas mudanças e melhorias surgiram ao longo das últimas décadas nos pesticidas e nas práticas agrícolas e para para continuar esta evolução é necessário avaliar individualmente cada pesticida, cada tecnologia e cada prática agrícola e compará-los constantemente com alternativas viáveis. Alegam Kayleen Schreiber e Marc Brazeau que esta “é a única maneira de enfrentar com precisão científica os desafios do futuro”, como o aumento da população e as alterações climáticas.
Não perca também os textos:
1 – O uso de pesticidas diminuiu?
3 – Quão perigoso é o glifosato?
4 – Como é que os pesticidas biológicos se comparam aos pesticidas de sintese?
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.