Região algarvia tem as terras secas, ribeiras com água podre e barragens com menos água.
“Fatinha, anda cá.” A cabra aproxima-se ao chamamento. O animal nasceu há cerca de um ano e é uma das cerca de 300 cabras de raça algarvia que Jorge Madeira tem no seu terreno em Giões, no concelho de Alcoutim. O pasto que existe no terreno à volta é quase nulo. Os animais têm que ser alimentados de outra forma. “Com palha e farinha”, conta o criador de gado.
Nesta região cada vez mais árida do nordeste algarvio, o agricultor vive dos cabritos que vende e do leite produzido pelas cabras para confecionar os queijos. Mas sem chuva, que há muitos meses não cai na região, todo o processo é posto em causa. “A situação vai-se agravando cada vez mais”, lamenta. “Não há comida para os animais e este ano nem semeei nada”, acrescenta. “Este ano tirei menos 400-500 litros de […]