O presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, João Gonçalves, adiantou hoje que a chuva aliviou o problema da falta de água no concelho do distrito de Bragança com a situação mais crítica no abastecimento à população.
Os cerca de 5.500 habitantes do município e os de algumas aldeias do concelho vizinho de Vila Flor são abastecidos por uma única barragem, a de Fontelonga, que antes do verão estava já a menos de um terço da capacidade.
Desde setembro que o abastecimento é garantido com o transporte de água do rio Tua para a Estação de Tratamento de Água (ETA), mas a situação já não é tão crítica, segundo o autarca local.
“Não estamos com o problema resolvido, mas nota-se que já há algum contributo das chuvas para que a situação não seja tão crítica”, afirmou, concretizando que no verão as reservas de água só chegavam até outubro e agora a perspetiva prolongou-se até “fevereiro, março”.
O efeito das chuvas das últimas semanas, como contou o autarca, nota-se no ritmo de descida da água da albufeira que é agora menor.
“Ainda não é de molde a encher a albufeira, mas está-se a diminuir cada vez menos”, salientou.
João Gonçalves acredita que a situação “poderá ter uma evolução favorável nas próximas semanas”, até porque, segundo disse, mesmo em anos normais, “só lá para dezembro é que a barragem costumava repor os níveis de água”.
A barragem de Fontelonga está a 10% da capacidade de armazenamento e, nos próximos meses, os camiões-cisterna continuarão a transportar água do rio Tua para a ETA, como foi adjudicado em setembro.
Carrazeda de Ansiães é dos concelhos transmontanos o que apresenta maiores dificuldades no abastecimento de água à população devido à seca e conseguiu apoio do Fundo Ambiental para menos de metade dos 400 mil euros necessários para resolver o problema.