Seca extrema vs. chuvas torrenciais e cheias: eis o estado do planeta

Os últimos oito anos foram os mais quentes de sempre. Os glaciares correm o risco de desaparecer.

Os líderes mundiais reúnem-se no Egito numa altura em que se sabe, já, que 2022 está a ser um dos anos mais quentes de sempre, e que a tendência de aumento da temperatura já dura há quase uma década. Há seca extrema em várias regiões do planeta, enquanto outras sofrem com chuvas torrenciais e cheias como nunca se viram. Os glaciares derretem a um ritmo preocupante e correm o risco de desaparecer.

O objetivo na cimeira do clima de Paris, em 2015, era manter o aumento da temperatura global abaixo de um grau e meio. Passaram sete anos e esse objetivo já foi, claramente, ultrapassado.

As Nações Unidas dizem que os termómetros vão subir, em média, entre 2,1 e quase 3 graus, nos próximos anos, o dobro do que seria o limite para mantermos a vida na Terra como a conhecemos.

Os últimos oito anos terão sido os mais quentes de que há registo e 2022 já está no caminho para ser ainda mais quente.

Hemisfério norte
No hemisfério norte, a Europa e os Estados Unidos sofreram com várias vagas de calor. Milhares de pessoas tiveram de ser assistidas nos hospitais, sobretudo com problemas respiratórios.

Os incêndios queimaram milhões de metros quadrados de florestas, mato e campos agrícolas.

Em várias regiões, as temperaturas de verão estenderam-se quase até meados de outubro.

Hemisfério sul
Pelo contrário, no hemisfério sul, as chuvas foram mais torrenciais do que o habitual e as cheias mais destrutivas.

Um terço do Paquistão ficou alagado.

Uma tragédia humana, e para o ecossistema, que se repetiu, também, no continente africano onde, em contraste, em vários países, a seca nunca tinha sido tão severa.

Glaciares
Os glaciares, diz a ONU, estão em risco de desaparecer.

Metade dos mais importantes e icónicos glaciares do planeta, vai derreter nos próximos 25 anos.

O nível da água do mar vai subir e isso põe em risco todos os povos que vivem nas zonas costeiras.

Tudo isto porque, em vez de diminuir, estamos a aumentar a emissão de gases poluentes, que agravam o efeito de estufa e fazem subir a temperatura global.

Dos mais de 190 países que assinaram o último acordo do clima, apenas 23 cumpriram as metas que se propuseram para reduzir a poluição, ou seja, pouco mais de 10%, o que demonstra bem o quanto os governos, na verdade, põem em prática as grandes decisões que anunciam nas cimeiras.

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