Seca levou à reativação de furos municipais.
As reservas de água no Algarve têm metade da água disponível no ano passado por esta altura. Apesar dos apelos à poupança, o consumo a disparou no verão, deixando as barragens da região com água para apenas um ano de consumo público.
Restam 22% da capacidade da albufeira de Odeleite. Odelouca, a barlavento, está nos 17.
O Algarve apelou à poupança antes do verão, mas a época alta do turismo trouxe também de consumos record e o que sobra é praticamente metade das reservas que havia há um ano por esta altura.
O que se gastou em plena seca vai sendo compensado com a reativação de velhinhas capturas subterrâneas. Primeiro em Lagos, agora também em Vila do Bispo. A barragem da Bravura, já estrai água do volume morto exclusivamente para o consumo.
Estão previstas novas fontes de água, como uma ligação ao Pomarão e uma central dessalinizadora, cujos estudos de impacte ambiental ainda agora estão a arrancar. Não deverão estar prontos antes de 2026. Até lá, o abastecimento do Algarve depende da chuva. Só num ano caiu em quantidade dentro da média.
Alguns municípios já falam em subir o preço da água para conter o consumo. Mas, para já, não é consensual. Preferem esperar pela chuva, sabendo que, em último recurso, podem fechar a torneira à agricultura, uma medida que garantiria à partida, dois anos de consumo.