A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o secretário de Estado da Agricultura, João Moura, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais nas empresas do próprio, avança o Correio da Manhã, que detalha que a PJ pediu à Câmara da Golegã informações sobre as sociedades detidas por João Moura.
Isto porque, na Golegã, uma das empresas do secretário de Estado, a Quadradoaometro, tem um imóvel de luxo, no qual já investiu cerca de 600 mil euros. Em resposta ao jornal, a autarquia disse que, como é seu dever legal, “colabora sempre com as autoridades competentes, incluindo a Polícia Judiciária, fornecendo os elementos que lhe sejam solicitados no âmbito das suas competências”.
Por razões legais e processuais, no entanto, o município escusa-se a comentar ou divulgar informações relativas a eventuais pedidos concretos formulados pelas autoridades, respeitando assim o segredo de justiça.
Na declaração de rendimentos que o governante entregou à Entidade para a Transparência, Moura declarou ser sócio das empresas Quadradoaometro, um gabinete de engenharia, e a Metric Memory, cujo objeto social é vasto e engloba, entre outros, animação turística e exploração agrícola e animal. São as duas sociedades que Moura e a sua mulher detém em partes iguais, cada um tem uma quota de 50%.
O Correio da Manhã avança ainda que Moura trabalhou com João Gama Leão — um dos grandes devedores do Novo Banco — no Grupo Prebuild (que em maio de 2017 foi associado à offshore Legomix Trading Limited, com sede em Malta).
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