O Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, visitou hoje a área de intervenção do projeto LIFE IP AZORES NATURA, na Mata Regional do Cachaços, na Caldeira da Lagoa do Fogo, no âmbito da 5.ª visita de monitorização efetuada por parte da Comissão Europeia, através da CINEA.
Alonso Miguel referiu que “o Life IP Azores Natura é o primeiro projeto integrado aprovado em Portugal e o maior projeto de conservação da natureza alguma vez concebido para os Açores, disponibilizando 19,1 milhões de euros, comparticipados pela União Europeia em 60%, para investir ao longo de nove anos, com o objetivo de melhorar o estado de conservação de 13 habitats e 24 espécies, em todos os sítios da Rede Natura 2000 nos Açores, em terra e no mar”.
O governante referiu que “a Reserva Natural da Lagoa do Fogo está classificada como Zona Especial de Conservação no âmbito da Rede Natura 2000, sendo por isso também alvo de intervenção no âmbito deste projeto”.
Para o Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, a visita de hoje “é uma oportunidade para acompanhar os trabalhos nesta área de intervenção, com uma extensão de oito hectares, que tem como objetivo a reconversão de áreas florestais de criptoméria (Cryptomeria japónica) em habitats nativos, através do restauro da vegetação nativa e da remoção de espécies invasoras, num investimento até à data de cerca de 20 mil euros”.
Alonso Miguel explicou que “no âmbito deste processo de renaturalização já foram removidos mais de 11.000 m3 de biomassa de criptoméria e de outras espécies, como a acácia (Acacia melanoxylon), o silvado bravo (Rubus ulmifolius), a conteira (Hedychium gardnerianum) e o feto arbóreo (Dicksonia antarctica), numa área de cerca de três hectares”.
“Até ao momento foram também já plantados cerca de 5.200 exemplares de espécies endémicas, como a urze (Erica azorica), o folhado (Viburnum treleasei) e a rapa (Calluna vulgaris), sendo que se prevê ainda a plantação de cerca de mais de 2.100 plantas, durante o próximo ano” acrescentou o governante.
Alonso Miguel realçou que “é com grande satisfação que se verifica que, em resultado dos trabalhos de controle de invasoras e de plantação desenvolvidos no âmbito deste projeto, já se começa a observar o aparecimento espontâneo e natural de centenas de novos indivíduos de espécies nativas, ajudando significativamente ao restauro deste habitat”.
Nota enviada pelo Governo Regional dos Açores.