Só no último mês, o centro para as migrações do Fundão recebeu cerca de 100 imigrantes timorenses.
Os imigrantes timorenses que têm chegado ao Fundão terão sido alvo de uma rede de tráfico de pessoas e de auxílio à imigração ilegal. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras já participou os factos ao Ministério Público, mas o presidente da Câmara do Fundão pede celeridade na investigação.
Um grupo de 21 jovens imigrantes timorenses apareceu no Fundão com falsas promessas de trabalho. Estavam hospedados numa casa em Alcaria, sob condições precárias, mas pela segunda vez, em menos de uma semana, a Câmara do Fundão teve de voltar a intervir para os ajudar.
“Vieram do Baixo Alentejo e de Lisboa para o Fundão, trazidos pelo mesmo empresário paquistanês que, à semelhança do que aconteceu com o outro grupo, lhes tinha prometido trabalho na agricultura”, contou o autarca Paulo Fernandes.
O SEF já fez chegar o caso ao Ministério Público de Castelo Branco por suspeitar de uma rede organizada de angariadores de mão de obra, que envolve empresas de prestação de serviços num esquema de exploração laboral, onde as vítimas são, maioritariamente, cidadãos de Timor Leste.
Só no último mês, foram acolhidos no centro para as migrações do Fundão cerca de 100 imigrantes timorenses, todos eles jovens em situação de fragilidade.