Seguro critica Estado no apoio a agricultores afetados por fogos

urante uma visita à feira Agroglobal, que decorre no CNEMA, em Santarém, o antigo líder socialista sublinhou a importância da agricultura para a segurança alimentar, a coesão territorial e a prevenção de incêndios, lamentando que os apoios aos produtores estejam a chegar “tarde e de forma insuficiente”.

“Falei hoje com agricultores da Beira Baixa que foram atingidos por um incêndio no final de julho e só agora estão a ser chamados para apresentar candidaturas aos apoios. Passou um mês e meio. Isto não pode acontecer”, afirmou, acrescentando que “há pessoas que perderam dezenas de hectares e ainda não sabem quando nem como vão ser ressarcidas”.

Seguro denunciou também a ausência de medidas para apoiar a reposição de cercas e sistemas de rega, essenciais para garantir a alimentação do gado e a continuidade da atividade agrícola.

O candidato presidencial dirigiu-se ainda às autoridades públicas, sublinhando que “o Estado tem de ser eficaz na resposta às necessidades concretas das pessoas”.

“Não sei se a culpa é de quem define as políticas ou de quem as executa, mas há uma falha evidente”, afirmou. 

Questionado sobre as críticas do ministro da Agricultura à Comissão Europeia, que acusou de favorecer os países mais ricos na nova Política Agrícola Comum (PAC), António José Seguro respondeu que “a responsabilidade das autoridades portuguesas é lutar nas instâncias europeias por uma PAC que defenda os interesses dos agricultores nacionais”, preferindo focar-se “em soluções” em vez de “apontar culpas”.

O candidato abordou ainda temas internacionais, como os drones russos à Polónia e o conflito em Gaza, apelando à paz e ao respeito pela dignidade humana.

“Vivemos num mundo onde a força está a substituir a lei. Sem paz, não há vida, não há economia, não há futuro”, afirmou, defendendo o reforço do direito internacional como instrumento de contenção de conflitos.

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