Organizado pela 2BForest, com o patrocínio da The Navigator Company, o encontro decorreu na FACECO e incluiu a demonstração de ferramentas inovadoras.
O seminário “Novos desafios da floresta” levou à FACECO – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira as preocupações e também os avanços daquele que é um dos setores mais importantes da economia portuguesa. Numa organização da 2BForest, com o patrocínio da The Navigator Company, o encontro promoveu a discussão de novos produtos certificados, assim como da mais recente legislação.
A mesa-redonda subordinada ao tema dos novos produtos abordou questões como novas ferramentas mecânicas para extração da cortiça, os serviços dos ecossistemas, e como podem ser valorizados na floresta, assim como o papel da certificação na proteção do património. Neste domínio, o FSC® levou a Odemira um mapa com vários locais arqueológicos catalogados e protegidos dentro de áreas de floresta de produção.
O painel sobre a nova legislação foi dedicado aos fogos florestais e às implicações para o trabalho na floresta. A maior parte dos presentes lamentou a obrigatoriedade das paragens e as limitações à entrada no espaço florestal, considerando que os operadores florestais são guardiões da floresta e estão devidamente conscientes e capacitados para acudir a alguma ocorrência, e que as máquinas florestais não são causadoras de incêndios.
Foi ainda discutida a nova legislação Sicorte, do Manifesto de Corte de Árvores, tendo José Manuel Rodrigues, do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, reconhecido que há espaço para haver melhorias na lei, de modo a simplificar o trabalho dos profissionais e desburocratizar o processo.
Na sessão de campo foram realizadas demonstrações com ferramentas que trazem inovação à floresta. É o caso das tesouras elétricas, apresentadas pela Navigator com o apoio da Bahco, das máquinas operadas pelo Grupo Amorim, e da plataforma ForestSIM® para gestão das áreas certificadas, desenvolvida pela 2BForest.
“A falta de mão-de-obra na floresta obriga a novas soluções de mecanização, seja no descortiçamento e na seleção de varas, como foi demonstrado, seja noutras atividades que terão de ser mecanizadas com maior segurança e maior eficiência”, sublinhou José Luís Carvalho, responsável de Inovação e Desenvolvimento Florestal na Navigator.
O artigo foi publicado originalmente em Produtores Florestais.