Sistemas alimentares mais tecnologicos e humanos

Os sistemas alimentares do futuro têm de ser obrigatoriamente mais tecnológicos e, em simultâneo, mais humanos. Esta foi a principal mensagem deixada por Pedro Queiroz, Diretor-Geral da FIPA, na mesa-redonda dedicada “Sustainability in Agrifood: From Farm to Fork”, integrada no XX Congresso de Nutrição e Alimentação, da Associação Portuguesa de Nutrição.

Partindo de uma análise das mudanças globais no ambiente, consumo, saúde, políticas públicas e economia, o representante da FIPA sublinhou que a sustentabilidade (ambiental, económica e social) é o grande desafio para os modelos de futuro dos sistemas alimentares, mas que para concretizar este caminho deverá haver uma evolução de paradigma.

Neste âmbito, Pedro Queiroz apontou que pilares estratégicos devem estar nesta base evolutiva. O maior destaque foi para a 1) transição dos ecossistemas de 4.0 para 5.0, ou seja, o progresso para modelos que desenvolvam e explorem a tecnologia para a otimização da cadeia alimentar e, acima de tudo, a apliquem na resposta eficaz às necessidades e exigências concretas dos consumidores.

Na construção de um sistema alimentar mais sustentável, tal como expôs o Diretor-Geral da FIPA, são igualmente essenciais pilares como 2) a colaboração entre todos os intervenientes do sistema alimentar, dos diretos aos indiretos; 3) a promoção de modelos de produção e consumo responsáveis; 4) a nutrição especializada e personalizada; 5) a importância de legislação e regulamentação equilibradas; 6) a educação e informação ao consumidor.

O compromisso da indústria agroalimentar com estas áreas foi realçado nesta apresentação de Pedro Queiroz, que terminou a sua intervenção, citando um relatório da ONU que: “a coerência na formulação e implementação de políticas e investimentos entre os sistemas agroalimentar, de saúde, proteção social e ambiental é essencial para construção de sinergias e soluções para sistemas alimentares mais eficientes e eficazes e para proporcionar dietas saudáveis a preços acessíveis para todos”.

O artigo foi publicado originalmente em FIPA.


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