O Syngenta Group anunciou recentemente que irá dar «acesso aos direitos sobre tecnologias seleccionadas de edição do genoma e melhoramento de plantas à investigação académica em todo o mundo, no âmbito do seu compromisso de promover a inovação e impulsionar a sustentabilidade na agricultura». Segundo a entidade, o acesso aos direitos será feito através da plataforma colaborativa em inovação Shoots by Syngenta».
O Syngenta Group afirma que «confere direitos à investigação académica em todo o mundo com o objectivo de viabilizar soluções para desafios complexos e impulsionar a sustentabilidade na agricultura e na alimentação», acrescentando que pretende «aumentar o potencial das tecnologias baseadas em CRISPR através da plataforma colaborativa de inovação Shoots by Syngenta». De acordo com a entidade, «os direitos sobre determinadas propriedades intelectuais estão relacionados com o CRISPR-Cas12a optimizado, bem como com as ferramentas de melhoramento genético utilizadas em edição genética».
O Syngenta Group refere que «através da edição genética CRISPR é possível desenvolver uma planta melhorada que não inclui ADN de uma outra espécie diferente» e que isso é feito de «forma mais rápida e eficiente do que seria possível na natureza ou através de métodos convencionais de melhoramento de plantas». «A tecnologia CRISPR tem um potencial incrível para alavancar a inovação nas culturas e acrescentar valor aos agricultores”, diz Gusui Wu, director global de Investigação em Sementes da Syngenta, acrescentando que «o crescente uso da CRISPR na agricultura pode transformar a forma como abordamos o melhoramento de plantas, acelerando a descoberta e a implementação de inovações que proporcionam aos produtores culturas mais produtivas e resistentes», pelo que «convidamos as universidades e instituições académicas de todo o mundo a ajudar-nos a impulsionar a inovação para melhorar a sustentabilidade da agricultura».
A Syngenta indica que, «há muito tempo», «partilha tecnologia com entidades públicas e privadas, permitindo acesso directo, rápido e fácil às suas tecnologias privadas para uso em investigações académicas e sem fins lucrativos», dando como exemplo «a plataforma de licenciamento de variedades de espécies hortícolas da Syngenta, que permite que empresas de melhoramento e institutos académicos acedam e trabalhem com o germoplasma da Syngenta». A empresa explica também que «a plataforma global de colaboração em inovação Shoots by Syngenta foi criada em 2023, com o objectivo de criar parcerias que visam encontrar soluções para alguns dos desafios mais complexos em agricultura e alimentação», e que esta «reúne académicos, investigadores e outras entidades com os mais de seis mil cientistas da Syngenta, para desenvolver soluções que mitiguem as alterações climáticas, aumentem a biodiversidade e respondam melhor às necessidades de pequenos e grandes agricultores».
O Syngenta Group assinala igualmente que a plataforma Shoots by Syngenta «foi criada com base em valores de abertura e transparência», que «o licenciamento das tecnologias decorre através de um processo simples e optimizado» e que os interessados podem consultar mais informações sobre as tecnologias disponíveis no catálogo on-line disponível no site da Shoots by Syngenta». A entidade refere ainda que os seus cientistas «têm vindo a aperfeiçoar as tecnologias de edição do genoma CRISPR-Cas para aumentar a sua eficiência e utilidade como ferramenta de melhoramento das culturas».
Stuart Harrison, director global de Parcerias em I&D de Sementes na Syngenta, defende que «nós realmente acreditamos que a colaboração acelera a inovação» e que «esta nova iniciativa tem um enorme potencial para gerar inovações tecnológicas e para impulsionar soluções críticas para as culturas, que ajudarão os agricultores em todo o mundo». O Syngenta Group está registrado em Xangai, na China, tem a sua sede administrativa na Suíça e integra quatro unidades de negócio: Syngenta Protecção das Culturas, com sede na Suíça; Syngenta Sementes, com sede nos EUA; ADAMA, com sede em Israel; e Syngenta Group China.
O artigo foi publicado originalmente em Revista Frutas Legumes e Flores.