Syngenta apresenta projeto para monitorizar biodiversidade na agricultura

A Syngenta tem em curso o ‘Projeto Sensor de Biodiversidade’ com a ambição de criar uma rede mundial de monitorização da biodiversidade na agricultura.

Segundo explicado em comunicado, através de sistema de deteção de movimento de baixo custo, alimentado a energia solar, o projeto vai monitorizar a atividade dos polinizadores e de outros insetos benéficos de forma automática e autónoma, durante 24 horas por dia, sete dias por semana.

O sistema utiliza inteligência artificial e algoritmos de machine learning para identificar e quantificar a maioria das espécies em movimento. O equipamento tem incorporada uma câmara grande angular e sensores que medem temperatura, humidade e intensidade da luz.

“Em primeiro lugar, o sensor será usado em culturas que dependem da polinização por insetos para produzir frutos, depois em quintas aderentes ao nosso programa Operation Pollinator, para ajudá-las a medir o impacto das margens multifuncionais, e o nosso objetivo final é ter o sensor a trabalhar em campo aberto para monitorizar a atividade das abelhas selvagens e solitárias em contexto de alterações climáticas e perceber se a ação humana condiciona o comportamento destes polinizadores”, explica o Digital Product Manager no Departamento de Sustentabilidade da Syngenta, Kiran Joseph.

Kiran Joseph, Digital Product Manager no Departamento de Sustentabilidade da Syngenta, e Felisbela Torres de Campos, Responsável de Sustentabilidade da Syngenta em Portugal, junto ao protótipo do Sensor de Biodiversidade.

A Driscoll’s, uma das maiores empresas produtoras de frutos vermelhos do mundo, vai testar o sensor nas suas explorações de produção de framboesas, na Califórnia, a partir de setembro. O objetivo é monitorizar a atividade das abelhas melíferas na polinização da cultura para ajudar a gerir as colmeias de forma mais eficiente.

A Syngenta trabalha com três parceiros chave no Projeto do Sensor de Biodiversidade:  o Instituto Fraunhofer de Biologia Molecular e Ecologia Aplicada (Fraunhofer IME), que validará os métodos científicos utilizados para detetar e classificar os insetos, o Indian Institute of Technology Ropar (IIT Ropar), que desenvolveu o hardware para o sensor, e a Alliance for Biodiversity Knowledge, para partilhar conhecimento e aprender.

O projeto será apresentado no dia 6 de junho, na Nova SBE, em Carcavelos, no âmbito do Congresso InSustentável.

O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.


Publicado

em

,

por

Etiquetas: