Um projecto financiado pela Corticeira Amorim promete revolucionar a tiragem de cortiça, que actualmente, a par de outras actividades da agricultura e do campo, se debate com uma enorme falta de mão-de-obra, que tem levado a que ano após ano a que a tiragem de cortiça não se faça no seu todo e na época certa, ficando muita cortiça ‘do ano’ nas árvores, o que significa muitas vezes que o processo de extração do ‘ouro português’ se atrase e falte matéria-prima nas fábricas.
Na base do projecto está a criação de duas ferramentas, uma de corte e outra de descolagem da cortiça da árvore, que segundo Gonçalo Cabecinhas, engenheiro envolvido no projecto, “vão aumentar o número de arrobas de cortiça estriada diariamente” pelas equipas que se encontram no campo.
Apesar de um ‘tirador de cortiça’ ter um vencimento que pode ir em muitos casos até aos 150 euros diários, são cada vez menos os jovens que se interessam pela actividade e que estão dispostos a aprender uma arte que é desde 2021 Património Cultural e Imaterial Português.
“Todos os anos temos gente que pela sua elevada idade deixam de ser tiradores de cortiça e temos pouca gente a entrar aqui”, diz-nos Gonçalo Cabecinhas, pelo que o que as ferramentas tecnológicas pretendem ser “um complemento” que “vai auxiliar (os tiradores) e […]
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A partir de 2030 nenhum sobreiro poderá ser explorado em meças