O rePLANT, um projeto colaborativo liderado pela Navigator Forest Portugal, com coordenação técnico-científica do CoLAB ForestWISE, que junta empresas, universidades e centros de investigação para a valorização e defesa da floresta, apresentou no Parque das Serras do Porto tecnologias inovadoras de defesa e gestão da floresta e do fogo, numa sessão de campo com mais de 120 participantes, com os técnicos e investigadores a demonstrarem o funcionamento real das soluções obtidas.
A demonstração destas soluções juntou, nas Serras de Valongo, os principais parceiros deste projeto – REN, Universidade de Coimbra, whereness, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Altri, INESC TEC, Trigger e Fravizel – para falar sobre monitorização da floresta através de câmaras óticas, aplicações móveis para inventário florestal, novos sensores digitais e processos para as máquinas florestais, e utilização de robótica nas operações florestais de limpeza.
Apoio à monitorização de incêndios
A REN – Redes Energéticas Nacionais e a Universidade de Coimbra instalaram um sistema de vigilância que consiste na colocação de câmaras óticas e térmicas nos postes da REN localizados no território do Parque das Serras do Porto. Estes sistemas têm a função de monitorizar, proteger e antecipar o impacto dos incêndios rurais na floresta, fornecendo imagens em tempo real, com informações sobre a meteorologia e a vegetação. A recolha dos dados vai ajudar a simular o comportamento do fogo e monitorizar os incêndios, contribuindo para a resiliência e integridade da floresta e das infraestruturas.
Aplicações móveis para inventário
As aplicações móveis para inventário florestal permitem saber a quantidade de árvores, o volume e outras informações de caráter quantitativo e qualitativo, que ajudam na tomada de decisões. As aplicações móveis estão acessíveis desde o pequeno proprietário até grandes empresas e possibilitam uma estimativa muito fiável, de baixo custo, simples e rápida.
Integração digital de dados em equipamentos
Desenvolveram-se tecnologias que possibilitam, à distância e de forma automática, a recolha de informação dos equipamentos associados às operações de exploração florestal, importante para toda a cadeia de valor. Esta tecnologia poderá permitir, por exemplo, a gestão em tempo real de máquinas florestais, monitorizando a produção, localização e movimentação da operação de corte.
Gestão de combustíveis com recurso à robótica
A robótica marcou também presença através do robot Modular-E, do INESC TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência. Este robot ajuda nas tarefas de limpeza da floresta ao longo das linhas de plantação. Os testes realizados no Parque das Serras do Porto permitiram averiguar as melhorias que o equipamento ainda necessita.
O rePLANT tem um investimento de 5,6 milhões de euros, apoiado pelo Compete/Portugal 2020, através dos programas POCI e Lisboa 2020. É um projeto mobilizador que junta 20 entidades, entre empresas líderes do setor e entidades não empresariais de I&I, num esforço comum para contribuir para uma maior valorização da floresta portuguesa através da implantação de estratégias para gestão integrada da floresta e do fogo. Pode saber mais sobre o projeto aqui.
O artigo foi publicado originalmente em Produtores Florestais.