O incêndio que começou em Arouca, no distrito de Aveiro, ganhou músculo e avançou para a floresta em Castelo de Paiva e Cinfães. Já em Viseu, chegou violento à freguesia de Nespereira.
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Os incêndios em Portugal mobilizam mais de 4.200 bombeiros. Na terça-feira, registou-se o pior dia do ano e esta quarta-feira há ainda dois grandes fogos ativos: Arouca e Ponte da Barca. Em Arouca, com as altas temperaturas e o vento forte, as chamas continuam a avançar para os concelhos vizinhos de Cinfães e Castelo de Paiva. Os moradores descrevem um cenário de terror.
“As chamas eram horríveis. Uma altura horrível, uns estrondos, um barulho horrível. Eu tenho 64 anos e não me lembro de um terror assim.”
Durante duas noites a casa de Maria estava em risco e o alojamento local da família também.
Queixam-se da negligência de quem tinha por obrigação limpar os terrenos e não o fez. Combustível para a onda de calor e de vento que varria a floresta em direção às casas com três frentes ativas a meio da tarde.
No terreno, quase 800 bombeiros lutavam contra o avanço das chamas. Seis meios aéreos e quase cinco centenas de veículos não chegavam.
O incêndio que começou em Arouca, no distrito de Aveiro, ganhava musculo. Varria parte da floresta em Castelo de Paiva e Cinfães. Já em Viseu, chegava violento à freguesia de Nespereira.
A população fala em fogo posto.
Durante a noite, o fogo ameaçou aldeias isoladas. Destruiu até agora mais de 5.400 hectares. Os prejuízos ainda não estão contabilizados.