Teppeki da Belchim recebe autorização de emergência para controle da Trioza erytreae

A Belchim Crop Protection anunciou ontem, 17 de Maio, que, no âmbito das medidas de protecção fitossanitária destinadas a evitar a introdução e dispersão no território nacional de organismos prejudiciais, a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) concedeu uma autorização de emergência ao insecticida Teppeki para o controle da Trioza erytreae. Segundo a empresa, o Teppeki é um insecticida sistémico que actua por contacto e ingestão sobre as formas móveis dos afídeos e, «pelas suas características e pelo seu perfil, foi considerado uma mais-valia para o controlo» da psila africana dos citrinos, praga que «já está presente numa parte significativa do território nacional».

Em comunicado, a Belchim Crop Protection assinala que se trata de um produto à base de flonicamida, «que, uma vez ingerida ou absorvida, faz com que o insecto cesse imediatamente a alimentação, morrendo três a cinco dias após a aplicação». A empresa refere que o Teppeki «penetra rapidamente na planta, possui uma sistemia ascendente e tem actividade translaminar, o que contribuiu para a sua excelente eficácia e persistência de acção».

O comunicado da Belchim Crop Protection destaca também que «o Teppeki é um dos únicos afícidas (de acordo com a Organização Internacional de Luta Biológica) que é inócuo ou pouco tóxico para a maioria dos insectos auxiliares» e que «o seu perfil para polinizadores é distinto de qualquer insecticida», tornando este produto «um dos únicos insecticidas que não são tóxicos para abelhas e polinizadores». A empresa realça ainda que este insecticida – que pertence ao grupo 29 da classificação de modos de acção do Insecticide Resistance Action Committee (IRAC) –, «possui um modo de acção distinto de todos os outros insecticidas no mercado, o que faz do Teppeki um instrumento fundamental para uma estratégia racional de prevenção de aparecimento de resistências».

A Belchim Crop Protection indica que a dose de aplicação é de 100 gramas por hectare, que se deve «aplicar ao aparecimento da praga e repetir, se necessário, uma vez». O insecto de quarentena Trioza erytreae Del Guercio (ou Psila africana dos citrinos) é uma ameaça grande à citricultura, pois é um vector conhecido da bactéria também de quarentena Candidatus liberibacter spp., causadora de uma das mais graves doenças que afecta os citrinos, designada como enverdecimento dos citrinos, “citrus greening” ou “huanglongbing”, explica a empresa.

O artigo foi publicado originalmente em Revista Frutas Legumes e Flores.


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