TERRAPRO aplica agricultura de precisão em olival de José Maria Falcão

A TERRAPRO está a ajudar o agricultor José Maria Falcão a otimizar a rega e a fertilização do olival através de sondas monitorização do teor de humidade no solo, mapas de condutividade elétrica do solo e mapas de NDVI (índice de vigor vegetativo). Os resultados da parceria foram apresentados no dia de campo “Precisamente”, a 27 de Setembro, no Monte Torre das Figueiras, em Monforte.

A exploração agrícola de José Maria Falcão tem uma área total de cerca de 2000 hectares, dos quais 330 hectares de olival intensivo e super-intensivo e 67 hectares de amendoal super-intensivo. Gerir a água é o maior desafio deste agricultor, pois a barragem onde se abastece encontra-se a 160 metros abaixo do nível das culturas, exigindo um elevado custo de bombagem.

A necessidade aguça o engenho e José Maria Falcão tem sido um adepto confesso da agricultura de precisão para produzir melhor e com maior rentabilidade. Há 20 anos já usava tensiómetros de humidade do solo, e hoje em dia, com sondas de nova geração (usa cerca de 30 sondas) tem acesso às leituras da humidade do solo e programa a rega a partir de qualquer local. «Sei se a água e os fertilizantes estão a ser aplicadas à dose exata, no local exato e consigo reduzir bastante o consumo de água e o custo da rega. Com o mesmo volume de água (8.000 m3) que antes regava um hectare de milho, agora rego 2,5 hectares de amendoal e 3,5 hectares de olival», explica o agricultor.

A TERRAPRO ajuda-o agora a ir ainda mais além no nível de eficiência da rega. «A TERRAPRO trouxe-me uma visão diferente, conceitos novos, que me permitiram analisar os gráficos e perceber a heterogeneidade dos solos, nuns locais passei a regar mais e noutros menos. A mesma quantidade de água é agora muito mais bem repartida, levando à melhoria da rentabilidade da minha exploração», assegura José Maria Falcão.

A TERRAPRO acompanha um olival com cinco setores de rega no Monte Torre das Figueiras, onde começou por fazer o levantamento da condutividade elétrica do solo (aos 50 cm e 1 m de profundidade), as cartas de variabilidade textural do solo daí resultantes ajudaram a identificar os locais ideais para colocação das sondas. Ao longo da campanha, o vigor vegetativo da cultura é analisado, através de imagens de satélite recolhidas de 10 em 10 dias e por avião. Toda a informação é compilada e analisada pelos técnicos da TERRAPRO e resulta em recomendações diferenciadas de rega e de eventuais correções de solo por áreas homogéneas.

A TERRAPRO acompanha outros agricultores do Alto Alentejo, que estiveram presentes neste dia de campo, e que também eles atestam a utilidade da tecnologia usada pela TERRAPRO e do aconselhamento prestado pelos seus técnicos.

«Comecei a trabalhar com a TERRAPRO há 3 anos, mas há 15 anos que uso sondas. A aplicação desta tecnologia pode trazer de futuro grandes aumentos de produtividade e poupanças substâncias de água», afirma José Castro Duarte, produtor de vinha e olival no concelho de Fronteira.

«Usamos as sondas e o serviço da TERRAPRO há 3 anos e temos obtido ótimos resultados, pela redução de água nas regas e menor consumo de eletricidade. Neste ano de seca extrema, as sondas foram muito úteis para gerir a pouca água disponível», assegura, Nuno Peças, produtor de olival e cereais no mesmo concelho.

A TERRAPRO instala por ano cerca de 420 sondas de monitorização do teor de humidade no solo (tecnologia desenvolvida pelos próprios técnicos da empresa) e realiza recolha de imagens aéreas multiespectrais (para produção de mapas NDVI) em 5.000 hectares de terras cultivadas, além de 4.000 hectares de imagens por avião. A informação recolhida serve para identificar problemas de rega, fertilização e infestantes e está na base de recomendações de rega (quando regar, quanta água aplicar e a melhor forma de a distribuir).
Este foi o segundo evento de um ciclo de três, intitulados “Precisamente”, que terminam em Dezembro com um seminário de apresentação de resultados.

Os dias de campo “Precisamente” contaram com o apoio das empresas Syngenta, Timac Agro, New Holland e Santander, que apresentaram outras ferramentas de agricultura de precisão, nomeadamente, a pulverização com bicos ajustados para aumentar a eficácia de produtos fitofarmacêuticos.


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