Existe a ideia de que contra fenómenos naturais extremos nada há a fazer. Não é assim! É fundamental combater esta ideia e tornar a gestão do risco mais inclusiva para todas as partes interessadas.
Apesar de muitos cidadãos partilharem o sentimento de que cabe (quase) exclusivamente às autoridades a gestão dos riscos (de origem) natural, exemplos recentes na Europa mostraram importantes limitações da resposta de emergência assente numa cadeia de comando rígida. Atente-se nos seguintes exemplos recentes amplamente divulgados pela comunicação social:
. “Cerca de 500 pessoas, a maioria turistas, fugiram da cidade de Niborio, Grécia, devido à proximidade do fogo florestal antes que a ordem oficial de evacuação fosse dada”;
. “Alemanha sabia que a tempestade ia chegar, mas houve “uma falha monumental” nos alertas”;
. O relatório “Avaliação dos incêndios ocorridos entre 14 e 16 de outubro de 2017 em Portugal Continental”, entregue pela Comissão Técnica Independente, refere que falhou a capacidade de “previsão e programação” para “minimizar a extensão” do fogo na região Centro, face às previsões meteorológicas de temperaturas elevadas e vento para os dias em que ocorreram.
Existe a ideia de que contra fenómenos naturais extremos nada há a fazer. Não é assim! É fundamental combater esta […]