Torre de Palma

Torre de Palma e uma família à descoberta da paixão do vinho

A apanha da uva em Torre de Palma teve de ser adiantada em cinco dias devido ao tempo quente e seco que se tem vindo a sentir em Portugal. Em Monforte, o rancho ainda faz a apanha manualmente pois é uma forma de manter a qualidade da uva e do produto final.

O relógio batia as 07.00 da manhã e já estava um grupo de pessoas (o rancho) a chegar às vinhas de Torre de Palma para começar a vindima que este ano se iniciou cinco dias antes do previsto por causa do calor e da seca que se tem vindo a sentir em Portugal. Durante um mês e meio, mas não todos os dias, o rancho está a vindimar.

O Torre de Palma Wine Hotel fica em Monforte, no Alto Alentejo, e tem sete hectares de vinhas, sendo que cada hectare corresponde a uma casta. A colheita das uvas é feita manualmente pelo rancho, que trabalha até cerca das 15.00 horas. A preferência pela apanha manual em detrimento da utilização de máquinas, permite que haja uma pré-seleção da uva e que esta não comece imediatamente a pingar o sumo, algo que inicia um processo que não se pretende que aconteça ainda naquele momento. “Ao apanhar à máquina corre-se o risco de apanhar uvas menos boas e a qualidade é completamente diferente”, explica Duarte de Deus, enólogo da adega de Torre de Palma.

A casta aragonez é uma das sete produzidas em Torre de Palma. Nesta vinha as uvas são todas autóctones portuguesas. Nos tintos, além do aragonez, também se produz a Touriga Nacional, o Alicante Bouschet e a Tinta Miúda. Nos brancos, é produzido o Alvarinho, o Arinto e o Antão Vaz. Este ano os brancos já foram todos vindimados.

“O aragonez é das castas mais tradicionais do Alentejo e dá vinhos com um perfil muito interessante. Quando são jovens têm muita fruta, mas depois quando estagiam alguns anos em garrafa demonstram um potencial de guarda muito interessante, que nos permite desfrutar deles passado duas ou três décadas”, explica Duarte de Deus, entre as vinhas.

Torre de Palma quer apostar na sustentabilidade em todos os seus aspetos. Em termos de sustentabilidade social, escolhe trazer pessoas da região para trabalhar nas vindimas e assim criar empregos com significado. O facto de as vinhas serem mais altas permitem que as pessoas não tenham de estar constantemente inclinadas enquanto fazem a apanha.

A marca quer posicionar-se positivamente em termos de sustentabilidade ambiental, e por isso Torre de Palma faz parte do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA), um plano pioneiro que quer ajudar os produtores a […]

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