O estudo “Os salários em Portugal: padrões de evolução de inflação e desigualdades” é apresentado esta segunda-feira na mais recente edição das jornadas CoLABOR, na Fundação Calouste Gulbenkian. Encontro irá contar com representantes de organizações sindicais e confederações patronais
O valor real dos salários portugueses, em média, aumentou 8% entre 2017 e 2021, enquanto a mediana cresceu 12% entre 2017 e 2020. No entanto, este aumento dos salários foi mais acentuado nos setores onde a remuneração é mais baixa, tendo sido feito à boleia de um aumento do salário mínimo nacional.
Esta é uma das conclusões do estudo, “Os salários em Portugal: padrões de evolução de inflação e desigualdades”, que é apresentado esta segunda-feira na Fundação Calouste Gulbenkian. Os dados são apresentados na mais recente edição das Jornadas CoLABOR, que este ano serão dedicadas ao tema “O Trabalho: Assimetrias e Mudança Socioeconómica”.
O estudo teve como objetivo medir o ritmo de aumento dos salários reais após 2013 em comparação com o crescimento do PIB, bem como analisar em que setores esse aumento foi mais expressivo. À luz do recente aumento do custo de vida, o estudo procurou ainda descobrir até que ponto os ganhos salariais foram comprometidos pela inflação elevada.
As conclusões apontam para um agravamento das desigualdades salariais em diversas frentes. Até 2017/2018, os aumentos salariais foram “pouco expressivos”, sendo que os aumentos apenas tiveram um maior alcance de 2018 em diante. Com exceção de 2020, o PIB cresceu sempre a um ritmo superior ao dos salários e mesmo o aumento da remuneração não se deu da mesma forma por todos os setores. O estudo CoLABOR justifica esta realidade com a evolução do salário mínimo nacional.
Os setores que mais beneficiaram da evolução do salário mínimo nacional foram as atividades administrativas e dos serviços de apoio, o alojamento, […]