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Trabalho desenvolvido pela PORVID em destaque na Feira Nacional de Agricultura, Santarém

[Fonte: Instituto Superior de Agronomia] A exposição sobre a conservação da diversidade intravarietal da videira estará patente na FNA de 8 a 16 junho

É com enorme orgulho que vemos a importância reconhecida ao trabalho desenvolvido na PORVID pelo Professor Antero Martins e pela Professora Elsa Gonçalves, nomeadamente através de uma exposição sobre a conservação da diversidade intravarietal da videira conduzida pela PORVID que estará patente à entrada da Feira entre 8 e 16 de junho, bem como das suas intervenções no Seminário “Instrumentos de Adição de Valor para o Setor Vitivinícola”.

Consulte o Programa aqui. Saiba mais sobre a presença do ISA na FNA19 aqui.

Convidamos toda a comunidade ISA e visitar a feira de Santarém e tomar conhecimento deste valioso trabalho, reconhecido nacional e internacionalmente.

A PORVID- Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira, é uma associação de direito privado sem fins lucrativos, fundada por empresas, associações técnicas, universidades, municípios e estruturas do Ministério da Agricultura, e é única no panorama vitivinícola português, pela relevância dos seus objetivos, pela combinação da multidisciplinaridade da sua composição e abrangência geográfica.

O Instituto Superior de Agronomia foi um dos fundadores e tem presidido à PORVID (representado pelo Professor Antero Martins, Docente Jubilado do ISA), desde a sua constituição, em 2009.

A missão da PORVID é salvaguardar a variabilidade genética das videiras nativas portuguesas, gerindo a sua conservação num pólo experimental dedicado e convertendo-a em valor para a fileira da vinha e do vinho.

Em 2010, mediante protocolo com o Ministério da Agricultura, foi-lhe cedida a gestão, por um período de 50 anos, de uma área agrícola com 140ha, em Pegões, para nela ser instalado o Pólo Experimental Central para a Conservação da Variabilidade Genética das Videiras Autóctones. Trata-se de uma estrutura única no mundo, pelos objetivos e métodos que a enformam, destinada a conservar e valorizar a variabilidade das variedades portuguesas antigas de videira (Vitis vinifera), a qual constitui uma fração significativa do património genético mundial da espécie.

Está planeado conservar entre 50 a 500 clones de cada uma das mais de 250 castas ancestrais com origem no território nacional, os quais ocuparão uma área de cerca de 80-100 hectares. Os primeiros 8 hectares começaram a ser plantados em 2012.

Este projeto inovador à escala mundial, tem, e terá, enorme impacto económico atual e na conservação da biodiversidade para as gerações vindouras, sendo reconhecido por inúmeros especialistas, de Portugal e do estrangeiro, que recorrentemente visitam o pólo experimental, com vista a apreender e comunicar sobre o que ali é feito.

Em 2018 a PORVID concorreu ao OPP com o projeto 38 – Castas de Uva desconhecidas para Novos Vinhos e ganhou, o que lhes permite continuar a identificar novas castas (pois o financiamento é escasso e com participação de empresas do setor), cuja importância é:

  • CIENTÍFICA: Os Investigadores podem confirmar aquilo que já intuem pela experiência: que há castas que têm andado confundidas com outras geneticamente aparentadas e morfologicamente muito próximas e que, enquanto não identificadas, estarão sob altíssimo risco de extinção.
     
  • ECONÓMICA: O setor vitivinícola em Portugal representa cerca de 100 000 famílias, 60 000 viticultores, 12 000 trabalhadores em 880 empresas na produção de vinho e 1 500 empresas dedicadas em exclusivo ao comércio de vinhos. A área de vinha em Portugal Continental e Ilhas ocupa cerca de 190 000 hectares e o balanço comercial gerado pelas vendas de vinhos ultrapassa 617 milhões de euros, com o aumento recente das exportações a testemunhar o grande reconhecimento mundial da sua qualidade.
     
  • PARA PORTUGAL: É a multiplicidade de castas nas vinhas portuguesas que confere distinção aos vinhos portugueses, que podem trazer novos aromas e sabores para novos vinhos, podem ajudar na adaptação às alterações climáticas, podem ser fonte de substâncias importantes para farmacêutica, cosmética ou nutrição.

Portugal é o país da União Europeia que apresenta o maior número de castas de uva autóctones quando comparado à área do seu território: mais de 300 já identificadas!



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