Os investigadores sabem como fazer alterações genéticas precisas nos genomas das plantas, o problema é que as células modificadas dificultam o processo de regeneração, recusando muitas vezes transformar-se em plantas. Mas uma equipa de investigação da UC Davis, na Califórnia, desenvolveu uma solução.
O laboratório Dubcovsky da UC Davis, na Califórnia, EUA, desenvolveu uma nova ferramenta que facilita esse processo, induzindo as células transformadas (incluindo as células modificadas com o sistema de edição do genoma CRISPR-Cas9) a regenerar novas plantas.
Divulgada na Nature Biotechnology, esta nova metodologia mostra que a tecnologia testada em trigo e noutras culturas melhora significativamente as taxas de sucesso de transformação. No caso do trigo, a eficiência de transformação aumentou de 33% para 77,5%. O sistema usa dois genes, que controlam o desenvolvimento em muitas plantas, para aumentar a formação de brotos em trigo, arroz, citrinos e outras culturas modificadas.
Esta é uma conquista importante, porque a taxa de sucesso de transformações é habitualmente baixa. Dependendo da variedade que está a ser modificada, cem tentativas podem render apenas um punhado de brotos verdes que podem se transformar em plantas adultas. Os restantes não conseguem produzir novas plantas e morre.
Sobre a tecnologia em si, o geneticista de plantas da UC Davis, Jorge Dubcovsky, salienta que “o problema é que transformar uma planta ainda é uma arte”.
Saiba mais na JLP e no artigo ‘A GRF–GIF chimeric protein improves the regeneration efficiency of transgenic plants‘ publicado na Nature Biotechnology.