ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, disse à France 24 que a troca entre os dois países “foi negociada” e “houve um acordo”, aguardando-se agora “a conclusão de todos os procedimentos legais e judiciais em ambos os países”.
O ministro encontra-se em França, onde se reuniu com o seu homólogo francês, Jean-Noël Barrot.
Detida em fevereiro e acusada de incitar ao terrorismo, Mahdieh Esfandiari foi libertada a 22 de outubro – contrariando a recomendação do Ministério Público – e sob supervisão judicial que a proíbe de sair de França até ao julgamento, marcado para 13 a 16 de janeiro.
Foi transferida para a embaixada iraniana em Paris no início de novembro.
“Espero, acredito, que nos próximos dois meses (…) isto seja finalizado e a troca se realize”, declarou o ministro iraniano.
Quanto a Cécile Kohler e Jacques Paris, autorizados a sair da prisão e proibidos de sair do território iraniano, os processos legais estão concluídos.
Condenados em meados de outubro a 20 e 17 anos de prisão, respetivamente, sob acusação de espionagem para os serviços de informações francês e israelita, já cumpriram três anos e meio de prisão.
“A sentença foi proferida, mas, como já disse, segundo a lei iraniana, os prisioneiros podem ser trocados com base no interesse nacional, e o processo de troca é decidido no âmbito do Conselho Supremo de Segurança Nacional”, disse Araghchi.
“Está tudo pronto. Aguardamos a conclusão do processo legal em França”, concluiu.
Mahdieh Esfandiari é acusada pela justiça francesa por uma série de publicações online que “glorificam os ataques cometidos em Israel a 7 de outubro de 2023, incitam atos terroristas e insultam a comunidade judaica”.
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