O Governo aprovou este mês de julho medidas de valorização remuneratória de trabalhadores em funções públicas nas carreiras gerais de assistente técnico e de técnico superior, deixando mais uma vez de fora a carreira especial de Vigilante da Natureza.
O SNPC-Sindicato Nacional da Proteção Civil, tem vindo a alertar o Governo para a necessidade de rever uma carreira não revista há mais de 22 anos, que com a entrada em vigor desta medida remuneratória para os Assistentes Técnicos, irá criar ainda mais um fosso salarial com os Vigilantes da Natureza.
Que passaram a ganhar menos, mas com mais responsabilidades e com funções de vigilância, fiscalização e monitorização relativas ao ambiente e recursos naturais, nomeadamente no âmbito do domínio hídrico, do património natural e da conservação da natureza.
Um vigilante da natureza, ganha menos que um assistente técnico desvalorizando a profissão e empurrando muitos trabalhadores para outras áreas técnicas, impulsionando cada vez mais esta profissão para a sua extinção.
É urgente avançar com a revisão da carreira especial de Vigilante da Natureza com atualização do seu conteúdo funcional, mais meios, melhores condições de trabalho e melhores salários para que estes profissionais se sintam valorizados, sendo também trabalhadores indispensáveis no sector da Conservação da Natureza e das Florestas que atuam em todo o território nacional.
Numa altura em que a conservação da natureza e das florestas, preocupa tanto o Governo lançamos o desafio para que possa reunir com os sindicatos e encontrar na convergência uma solução para este problema.
Porque não será por falta de propostas de revisão que a mesma não avança, é a falta de vontade política em regularizar uma situação que espera há tempo de mais pela firmeza e determinação de um Governo que olhe com empenho para a conservação da natureza, valorizando os trabalhadores que dela fazem parte.
Fonte: SNPC – Sindicato Nacional da Proteção Civil