Ucrânia/1 ano: Guterres e Blinken discutem “paz justa” e extensão de acordo dos cereais

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reuniu-se hoje com o líder das Nações Unidas, António Guterres, para discutir a necessidade de “promover uma paz justa e duradoura na Ucrânia” e a extensão do acordo dos cereais.

O encontro entre os dois líderes ocorreu no momento em que se assinala um ano da invasão russa da Ucrânia, sendo que aproveitaram a ocasião para “ressaltar a importância de continuar a defender a Carta da organização das Nações Unidas (ONU) e fornecer apoio humanitário à Ucrânia e à região”, segundo um comunicado do Governo norte-americano.

Ainda de acordo com a nota, foi ainda abordada “a importância de uma extensão automática da Iniciativa de Cereais do Mar Negro antes de 18 de março”, data em que o acordo expirará.

Também a “trágica perda de vidas na Turquia e na Síria” devido aos devastadores sismos que afetaram a região esteve nos tópicos do encontro entre Guterres e Blinken, que “reafirmaram a necessidade de acesso humanitário contínuo na Síria, para que a ONU e os atores humanitários possam fornecer assistência vital aos afetados”, concluiu o comunicado.

Horas antes deste encontro, o secretário-geral da ONU e o secretário de Estado norte-americano já tinham estado juntos no Conselho de Segurança, em Nova Iorque, numa reunião de nível ministerial sobre um ano da invasão russa da Ucrânia.

Na ocasião, Guterres afirmou que a invasão constituiu uma “flagrante violação” da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, frisando os propósitos e princípios embutidos na Carta “não são uma questão de conveniência”, nem “apenas palavras no papel”.

Já Antony Blinken instou o Conselho de Segurança a não se deixar enganar por apelos por um cessar-fogo temporário ou incondicional na Ucrânia e frisou que não deve cair na “falsa equivalência” de pedir a ambos os lados que parem de lutar.

“Nações em todo o mundo continuam a apoiar a Ucrânia, porque todos reconhecemos que, se abandonarmos a Ucrânia, abandonaremos a própria Carta da ONU e os princípios e regras que tornam todos os nossos países mais seguros e protegidos: Não tomar terras pela força. Nada de apagar as fronteiras de outro país. Sem mirar em civis na guerra”, disse Blinken.


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