A retoma das exportações de cereais ucranianos, pela primeira vez depois da invasão da Rússia, em fevereiro, é “um alívio para o mundo”, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba.
“É um dia de alívio para o mundo, em particular para os nossos amigos do Médio Oriente, da Ásia e de África, agora que os primeiros cereais ucranianos saíram de Odessa, após meses de bloqueio russo. A Ucrânia sempre foi um parceiro fiável e vai continuar assim se a Rússia respeitar a sua parte do acordo”, disse o ministro através de uma mensagem difundida através da rede social Twitter.
O primeiro carregamento de cereais ucranianos deixou o porto de Odessa hoje de manhã, tal como previsto nos termos do acordo internacional com a Rússia, assinado em Istambul, anunciou o Ministério da Defesa turco.
“O navio Razoni deixou o porto de Odessa em direção ao porto de Tripoli no Líbano. A chegada a Istambul está prevista para 02 de agosto [terça-feira]. Continuará a sua viagem até ao seu destino após as inspeções realizadas em Istambul”, acrescentou.
A Rússia e a Ucrânia assinaram acordos separados com a Turquia e as Nações Unidas, abrindo caminho para a Ucrânia – um dos principais celeiros mundiais – exportar 22 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas que ficaram retidos nos portos do Mar Negro devido à invasão da Rússia.
Os acordos também permitem à Rússia exportar cereais e fertilizantes.
O navio de carga, com pavilhão da Serra Leoa, deve fazer uma escala em Istambul na terça-feira onde vai ser inspecionado antes de seguir viagem.
A carga tem como destino o Líbano, país que enfrenta uma grave crise económica e financeira.