A representante da Ucrânia na ONU em Genebra, Yevheniia Filipenko, reiterou hoje as críticas à Rússia por impedir a saída de cereais ucranianos pelo Mar Negro, uma situação que pode levar à fome em vários países.
Em declarações por ocasião dos 100 dias da invasão russa da Ucrânia, a embaixadora insistiu nas críticas que já tinha feito há cerca de uma semana, alegando que a Rússia tenta culpar outros pela situação que se vive de bloqueio à exportação de cereais.
“Estamos a lutar pela liberdade na Europa e no mundo inteiro. Os próximos 100 dias vão ser de muito trabalho para todos nós”, afirmou.
No passado dia 26 de maio, Yevheniia Filipenko já tinha deixado alguns alertas relacionados com a crise alimentar que ameaça o mundo por causa da guerra em curso.
“Milhões de toneladas de cereais estão bloqueados à exportação, o que afetará os mais pobres (…) embora não tenham nada a ver” com o conflito, afirmou na altura a representante ucraniana.
A ONU teme “um furacão de fome”, principalmente nos países africanos que importam mais de metade do seu trigo da Ucrânia ou da Rússia.
A ofensiva russa na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.