O Presidente da Ucrânia pediu hoje aos líderes do G7, reunidos em cimeira na Alemanha, sistemas de defesa antiaérea, ajudas para a reconstrução do país e uma estratégia contra o bloqueio russo às exportações de trigo ucraniano.
Volodymyr Zelensky dirigiu-se aos líderes das sete maiores economias mundiais (G7) através de videoconferência, numa sessão realizada à porta fechada, da qual apenas algumas imagens iniciais foram transmitidas sem som.
No entanto, e de acordo com informações fornecidas por fontes alemãs e da União Europeia (UE), citadas pela agência noticiosa espanhola EFE, o líder ucraniano avançou com estes pedidos durante a sua intervenção.
A intervenção do Presidente ucraniano abriu o segundo dia da cimeira do G7, a decorrer desde domingo nos Alpes bávaros, que, de acordo com fontes norte-americanas, irá acordar novas sanções contra a Rússia, que iniciou uma ofensiva militar contra a Ucrânia em 24 de fevereiro.
Fontes do G7 citadas pela agência francesa AFP disseram que Zelensky exortou os líderes do grupo a fazerem “tudo o que for possível” para terminar a guerra na Ucrânia até ao final deste ano, antes do inverno, que disse ser muito duro no país.
As mesmas fontes disseram que Zelensky apelou também para a “intensificação das sanções” contra a Rússia.
Pediu que os países ocidentais não baixem a pressão sobre Moscovo e continuem a sancionar a Rússia de “forma maciça e pesada”.
Sob presidência da Alemanha, participam ainda no encontro do G7 os líderes do Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bem como da UE.
Reunidos até terça-feira, os líderes do G7 já decidiram, no domingo, endurecer ainda mais as sanções, visando em particular a indústria da defesa, de acordo com um alto funcionário da Casa Branca.
Pretendem também desenvolver um “mecanismo para colocar um limite global no preço do petróleo russo”, segundo a mesma fonte, que falou aos jornalistas na condição de não ser identificada.
O G7 irá também “coordenar a utilização de tarifas sobre produtos russos para ajudar a Ucrânia”, acrescentou a fonte citada pelas agências noticiosas AFP, AP e EFE.