A Comissão Europeia não conseguiu garantir a isenção de tarifas para os produtos vinícolas no acordo hoje fechado com os Estados Unidos da América (EUA), uma reivindicação defendida fortemente por Itália e França.
Apesar da pressão dos dois maiores produtores vinícolas europeus, a medida não foi incluída nos detalhes do entendimento comercial entre a União Europeia (UE) e os EUA.
 
“Infelizmente, não conseguimos”, admitiu o comissário para o Comércio e Segurança Económica, Maroš Šefčovič, em conferência de imprensa em Bruxelas.
Tal como a maioria dos produtos comunitários, o vinho enfrentará um agravamento alfandegário de 15% à entrada no mercado norte-americano.
 
A Comissão Europeia afirmou ainda que o acordo comercial alcançado representa o cumprimento dos objetivos traçados e constitui o “cenário mais favorável” alguma vez concedido por Washington a um país parceiro.
 
A propósito do acordo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, referiu que “confrontados com uma situação difícil, obtivemos resultados positivos para os nossos Estados-Membros e para a indústria e restabelecemos a clareza e a coerência do comércio transatlântico”.
E continua: “este não é o fim do processo, continuamos a dialogar com os EUA para acordar mais reduções tarifárias, identificar mais áreas de cooperação e criar mais potencial de crescimento económico. Ao mesmo tempo, continuamos a diversificar as nossas parcerias comerciais internacionais, criando emprego e prosperidade na UE”.
 
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.