Valhelhas. Joaquim foi um de quatro guardas-florestais. Quando se reformou, era o último

A aldeia de Valhelhas foi apanhada de surpresa na segunda vaga de incêndios na Serra da Estrela. Hélder Saraiva, presidente da junta, diz que a localidade se tornou “um autêntico cinzeiro”. Durante 27 anos, Joaquim Antunes foi guarda-florestal, função que em 2006 passou a estar integrada na GNR. E tudo mudou: “Andávamos para aí a fazer voltas, para autuar. Mas a vigilância [nas matas] nada.”

No dia 15 de agosto, estavam na praia fluvial e parque de campismo da aldeia “mais de 1500 pessoas”; o posto da ANEPC começara a ser desmontado no dia anterior, “uma situação que nos deixou particularmente descansados, pensávamos que o fogo estava dado como controlado”, recorda o autarca.

Em cerca de uma hora, resultado de um reacendimento, uma tempestade de fogo subjugou a aldeia; dezenas de pessoas foram retiradas para localidades vizinhas. A prioridade foi “salvar vidas”. E os estragos a contabilizar agora são muitos. “Terrenos agrícolas, casas secundárias… um rebanho que foi dizimado pelas chamas.”

Quem vive na Serra da Estrela, aponta Hélder Saraiva, vai necessitar de “um apoio forte do poder central”. “Nós precisamos muito, muito de ajuda. Vai demorar bastante tempo em questões de recuperação [do turismo e agricultura].”

A conversa com o autarca decorre ao lado da antiga casa do guarda-florestal, instalada num dos pontos mais elevados da localidade. Em poucos dias, […]

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