Vem aí uma agricultura mais tecnológica e mais eficiente

O Governo promete menos fertilizantes químicos e mais agricultura orgânica, com recurso a mais tecnologia. Mas não esquece a agricultura tradicional, para fomentar a vitalidade das zonas rurais

O Governo quer fomentar a agricultura de precisão, visando uma aplicação eficiente de fertilizantes e uma gestão eficiente da água e energia. Propõe-se ainda aumentar o uso de fertilizantes orgânicos e reduzir progressivamente o uso de fertilizantes sintéticos.

Por outro lado, vai haver uma aposta na investigação, desenvolvimento e aplicação de tecnologias mitigadoras associadas à alimentação animal, para além da promoção de soluções integradas de tratamento dos efluentes agropecuários, associadas à recuperação de biogás para produção de energia.

No programa do Governo pode ainda ler-se que está prevista promoção da incorporação de fontes de energia renovável na atividade agrícola, nomeadamente a bioenergia com sobrantes da exploração agrícola e florestal.

O executivo de António Costa defende que para a coesão e resiliência do território é essencial, em muitas zonas do país, a presença de uma agricultura tradicional, mais próxima da natureza, que assegure a ocupação e vitalidade das zonas rurais, em íntima ligação com outras atividades, desde o turismo ao artesanato.

Assim sendo, o Governo sublinha que as prioridades para uma agricultura e um território rural sustentáveis passam por aspetos tão diversos que vão desde o apoio ao regadio eficiente e resiliente, como fator de promoção da competitividade e da previsibilidade da atividade económica, a medidas para proteger a produtividade dos solos, facilitar o acesso à terra, promover a estruturação fundiária nos territórios de minifúndio, assegurar a viabilidade da agricultura familiar, estimular o empreendedorismo rural e a organização da produção e promover novas formas de comercialização e de distribuição de proximidade.


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