Entrevista SIC Notícias
A partir de domingo as temperaturas poderão ultrapassar os 42 ou 43 graus em muitas regiões, incluindo o Minho, com humidades relativas muito baixas. Em entrevista à SIC Notícias, o climatologista Mário Marques garantiu que a “onda de calor tórrido” dificultará ainda mais o combate aos incêndios florestais.
Loading…
As condições meteorológicas adversas que se fazem sentir em várias zonas do país estão a dificultar o combate aos incêndios florestais. O calor intenso e o vento forte têm sido os principais obstáculos para as equipas no terreno.
Em entrevista à SIC Notícias, o climatologista Mário Marques alertou que a situação deverá agravar-se significativamente nos próximos dias.
“Vem aí uma onda de calor tórrido, portanto uma situação que irá complicar bastante”, avisou.
Contudo, Mário Marques sublinhou que a principal preocupação nos próximos dias será o aumento acentuado das temperaturas e não o vento.
“O vento não será a principal preocupação. Será, sim, as temperaturas muito elevadas. Muitos locais do território irão ultrapassar os 42 ou 43 graus. Mesmo no Minho poderão registar-se valores semelhantes entre os dias 3 e 6 de agosto, com humidades relativas muito baixas”, explicou.
Durante a entrevista, o especialista lembrou ainda que a falta de precipitação e as condições secas prolongadas desde maio têm criado um cenário de grande vulnerabilidade ambiental.
“Além de não chover, temos assistido a temperaturas elevadas e tempo seco desde maio. Há um défice hídrico acumulado muito significativo. A vegetação está completamente seca e até o próprio solo apresenta uma humidade de retenção muito, muito fraca”, explicou, acrescentando que essas condições favorecem significativamente a propagação rápida e descontrolada dos incêndios.