O verão de 2022, marcado por várias ondas de calor e uma seca severa ligada ao aquecimento global, foi o mais quente já registado na Europa, divulgou hoje o serviço sobre mudanças climáticas do programa europeu Copernicus.
As temperaturas médias foram “as mais altas, tanto para o mês de agosto como para todo o verão”, superando nos três meses em 0,4°C as temperaturas de 2021, que já eram o recorde anterior, declarou o serviço sobre as mudanças climáticas do Programa de Observação da Terra da União Europeia (UE) Copernicus num comunicado de imprensa.
O instituto europeu acrescentou que as temperaturas estiveram “cerca de 1,34°C acima da média de 1991-2020 para a estação [verão]”.
Somente para o mês de agosto, as temperaturas foram “de longe as mais altas” registadas, “com 1,72°C acima da média de 1991-2020”.
“Uma série intensa de ondas de calor em toda a Europa, juntamente com condições de seca incomuns, levou a um verão de extremos, com temperaturas recordes, secas e incêndios”, disse Freja Vamborg, responsável científica do instituto europeu.
“Secas e incêndios em muitas partes da Europa afetaram a sociedade e a natureza de várias maneiras”, observou, lembrando que “o recorde anterior tinha apenas um ano”.