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– 26-08-2013 |
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ViniPortugal e comerciantes lutam para recuperar costume do vinho a copoRecuperar o costume do vinho a copo, �s refei��es e fora delas, apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta para os agentes vitivin�colas portugueses, que beneficiam agora de uma campanha da ViniPortugal. Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a copo nos bares de ‘tapas’, em Portugal esta tradi��o perdeu-se �de uma forma muito acentuada�, disse � Lusa Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, respons�vel pela campanha ‘A Copo’. Segundo Monteiro, pedir hoje um s� copo de vinho "não � muito apreciado socialmente� em Portugal, fen�meno ainda mais estranhado fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos. Apesar de �uma percep��o de maior adesão ao vinho a copo�, a campanha da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projecto �educativo� a longo prazo que visa �mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos�. A campanha tem como objectivos normalizar o consumo de vinho a copo �com modera��o� fora das refei��es e incentivar a amplia��o da oferta destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira. O vinho desvalorizou-se �depois da ditadura�, quando Portugal �se abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes�, e a recupera��o do costume come�ou apenas "por volta do ano 2004", frisa Silvia Castro, do grupo C�sar Castro, empresa que comercializa acess�rios que contribuem para a conserva��o do vinho ap�s abertura da garrafa. �Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os �copos de tr�s�, mas tratava-se de vinhos fracos�, exp�e Castro, apontando para �o salto qualitativo� que está a desenvolver-se em Portugal, �porque agora as pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho�. Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em Portugal, além de distribuir tecnologia para a conserva��o do vinho em restaurantes e ‘wine bars’, assegura que a evolu��o das vendas destes sistemas, nos cinco anos de exist�ncia da empresa, tem sido "muito dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não � um gasto, mas um investimento". além disso, Tocca aponta para a cren�a "enraizada" de que o vinho a copo � "de m� qualidade", e outros "preconceitos", como de que a garrafa "seja aberta a frente do cliente". Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras de maior fama. Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de tr�s pratos podem ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir vinho, no entanto, "não t�m popularidade" em Portugal, pois, lamenta Tocca, "ainda falta essa visão". Desde a abertura da loja ‘gourmet’ e restaurante Delidelux de Lisboa h� oito anos, t�m sido utilizados sistemas para a conserva��o do vinho depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupa��es dos hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tend�ncia do vinho a copo. "Por�m, os nossos vinhos t�m muita rota��o", assegura In�s Chai, respons�vel do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos, "porque sabem que este sistema existe". Susanna Tocca sa�da a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as coisas come�am a mudar devagarinho" através de iniciativas como ‘A Copo’. Mais c�ptico, Manuel Rocha, director da Adega de Borba, acredita que este tipo de campanhas "não tem a for�a necess�ria" por raz�es "de or�amento", e acrescenta que tem havido uma redu��o "importante" do consumo de vinho em Portugal. "Grande parte do vinho consome-se dentro de casa", salienta o produtor de vinho. Fonte: Lusa
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