O ano está a correr “extraordinariamente bem” à Van Zellers & Co, que deve crescer mais de 50% em relação ao previsto. Mas 2023 preocupa e Cristiano van Zeller diz que não vai respeitar os limites de vendas que habitualmente se autoimpõe: “Este ano, o melhor é dinheiro no bolso e vinhos no mercado”.
Para quem celebrou, este ano, 40 anos de vindimas, seria de se esperar que o momento em si não trouxesse grandes surpresas, mas o ano de 2022, “com a maior seca de que há memória”, foi “extremamente penoso”, já que “com os mesmos quilos de uvas fizeram-se quase metade dos mesmos litros de 2021”, diz Cristiano van Zeller. A verdade é que o ano passado deu uma colheita generosa, pelo que o sócio-gerente da Van Zellers & Companhia estima que as perdas de 2022 rondem os 30 a 40% de um ano médio. Por esse motivo, assegura: “Este ano, o melhor é dinheiro no bolso e vinhos no mercado. Vou pôr no mercado todos os vinhos que os meus clientes quiserem”.
Em contrapartida, e no que à qualidade diz respeito, o empresário diz-se “muito surpreendido, mas muito contente” com os mostos. No caso dos vinhos do Douro, “é preciso esperar para ver como evoluem em barrica nos próximos dois anos; nos vinhos do Porto, há condições para se fazerem grandes vinhos este ano”.
Já em termos comerciais, a Van Zellers & Co vai ultrapassar, de longe, os objetivos, estimando que fechará o ano com 1,1 milhões de euros de faturação, mais de 50% acima dos 722 mil euros orçamentados. Uma performance acentuada pela atribuição, em agosto, de 98 pontos (em 100 possíveis) da revista Robert Parker Wine Advocate […]